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TDAH

  • Foto do escritor: Dr. Edgar H. Neto
    Dr. Edgar H. Neto
  • 25 de jun. de 2023
  • 3 min de leitura

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

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Na verdade, não é que eu tenha esquecido. Simplesmente deixei de prestar atenção. (Água para Elefantes)

Não é incomum as pessoas chegarem para serem atendidas comigo e de longe imaginarem que tem o TDAH. Geralmente chegam reclamando de ansiedade, depressão, inquietação, sentindo-se mal humoradas, e assim vai.


Mas quando percebo as pernas balançando, unhas sendo roídas, corpo em movimento despercebido, e aquela bela distração durante a consulta, já começo a pensar no protocolo de diagnóstico para TDAH e o paciente logo se assusta com a notícia.


Muitos até dizem antecipadamente: "eu não tenho isso!" Mas, depois da terceira semana de avaliação, já começam a aumentar o nível de consciência e perceber nas suas vidas sintomas e coisas reais do tal do TDAH que passam a justificar o porque disso e daquilo. Apesar dos susto e, às vezes de certa resistência, o alívio do diagnóstico é libertador e imensurável.

TDAH, o que é?


TDAH é a sigla para Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. É um transtorno neurobiológico que afeta tanto crianças quanto adultos e é caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.


É considerado um transtorno do neurodesenvolvimento. Isso significa que a criança nasce com o TDAH e que os sintomas do TDAH geralmente se manifestam durante a infância e afetam o desenvolvimento neurológico e o funcionamento do indivíduo.

Os transtornos do neurodesenvolvimento são condições que ocorrem durante o desenvolvimento do sistema nervoso e afetam o funcionamento cerebral, o comportamento e a interação social. No caso do TDAH, está ligado diretamente a baixa produção de dopamina no cérebro, o que leva a desatenção, hiperatividade e impulsividade.


Causas do TDAH


Embora as causas exatas do TDAH não sejam totalmente compreendidas, acredita-se que fatores genéticos, anormalidades no funcionamento cerebral e desequilíbrios de certos neurotransmissores, como a dopamina, estejam envolvidos.


Sintomas do TDAH


No caso do TDAH, os sintomas costumam se manifestar na infância, mas podem persistir até a vida adulta.


As pessoas com TDAH podem ter dificuldade em se concentrar, prestar atenção a detalhes, seguir instruções, organizar tarefas, completar trabalhos escolares ou cumprir prazos. Além disso, podem ser inquietas, agitadas, falar excessivamente, interromper os outros e ter dificuldade em esperar a sua vez.

Os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem variar de pessoa para pessoa e também podem mudar ao longo do tempo. Existem três subtipos principais de TDAH, cada um com seus sintomas característicos:


1. TDAH Predominantemente Desatento:

  • Dificuldade em prestar atenção aos detalhes e cometer erros por descuido;

  • Dificuldade em manter o foco em tarefas ou atividades;

  • Parece não ouvir quando falado diretamente;

  • Dificuldade em seguir instruções e completar tarefas;

  • Dificuldade em organizar atividades e gerenciar tempo;

  • Tendência a perder objetos necessários para tarefas;

  • Distração fácil;

  • Esquecimento frequente de compromissos ou responsabilidades.

2. TDAH Predominantemente Hiperativo-Impulsivo:

  • Inquietação e agitação constantes;

  • Dificuldade em permanecer sentado em situações que exigem isso;

  • Corre e sobe em excesso em momentos inapropriados;

  • Dificuldade em engajar-se em atividades silenciosas;

  • Fala excessivamente;

  • Interrompe os outros com frequência;

  • Dificuldade em esperar a vez em situações de grupo.

3. TDAH Combinado (Desatento e Hiperativo-Impulsivo):

  • Apresenta uma combinação de sintomas dos dois subtipos anteriores.


Além desses sintomas principais, o TDAH também pode estar associado a outros sintomas, como ansiedade, baixa autoestima, dificuldades de aprendizado e problemas de comportamento.


Tratamento


O tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) geralmente envolve uma abordagem multimodal, que combina intervenções comportamentais via psicoterapia cognitivo comportamental, suporte educacional e, em alguns casos, medicamentos. Mas, o tratamento é personalizado de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa com TDAH.


Diagnóstico


É importante ressaltar que o diagnóstico do TDAH deve ser realizado por profissionais de saúde mental qualificados, que irão avaliar os sintomas, histórico e funcionamento geral da pessoa. Nem todos os sintomas acima mencionados indicam necessariamente a presença de TDAH, e uma avaliação adequada é fundamental para um diagnóstico preciso.


Riscos de Comorbidades


Quem tem o TDAH, precisa ser avaliado se possui o TEA também, por exemplo. Há casos em que a criança pode ter TDAH e TOD. Não é incomum distúrbio de seletividade alimentar e do sono.


Além disso, conforme o Ministério da Saúde, o TDAH “também está associado a resultados psicológicos negativos, com um maior risco de desenvolver transtornos do humor (unipolar ou bipolar), distúrbios de personalidade, especialmente, transtorno de personalidade borderline e antissocial, e possivelmente condições psicóticas”. Fonte: Aqui.


Gostou desse artigo? Está precisando da ajuda de um profissional? Você pode estar agendando sua primeira consulta conosco. Nós podemos te ajudar em relação ao TDAH.


Dr. Edgar H. Neto é Psicólogo Clínico e Neuropsicólogo.

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